Lisboa é a capital de Portugal e polo duma região multifacetada que apela a diferentes gostos e sentidos.
Numa cidade que foi recebendo muitas e diferentes culturas vindas de longínquas paragens ao longo do tempo, ainda hoje se sente um respirar de aldeia em cada bairro histórico. Podemos percorrer a quadrícula de ruas da Baixa pombalina que se abre ao Tejo na Praça do Comércio e, seguindo o rio, conhecer alguns dos lugares mais bonitos da cidade: a zona monumental de Belém com monumentos do Património Mundial, bairros medievais, e também zonas de lazer mais recentes ou contemporâneas, como o Parque das Nações ou as Docas.
Continuando junto à foz do rio vamos perceber porque se diz que Lisboa é o centro dum vasto resort. Pela estrada marginal vamos conhecer praias e estâncias balneares que combinam villas e hotéis do início do séc. XX com marinas, esplanadas e modernos equipamentos desportivos, com particular destaque para o golfe e a náutica de recreio. Seguindo a costa vamos encontrar spots de surf de renome mundial, mas também os palácios espalhados pela paisagem cultural de Sintra, Património Mundial.
Tanto a norte como o a sul da capital, a grande variedade de paisagens e património fica sempre a curta distância. Com praias, parques naturais, percursos culturais e alojamento para todos os gostos, é difícil escapar à região de Lisboa numa visita a Portugal.
O fado é mais uma expressão portuguesa também elevada a Património Mundial. Por isso, jantar numa casa de fados será outra experiência a não perder. E depois ainda nos juntamos em animados bares e discotecas, onde festejamos com um copo a chegada de quem nos visita.
10 coisas para ver e fazer em Lisboa
Lisboa é uma cidade cosmopolita, com bons acessos e a poucas horas de distância de qualquer capital europeia.
E há tanta coisa para ver e fazer que é difícil ter tempo suficiente para ver tudo o que se quer, com tempo… apresentamos aqui uma seleção, entre outras que se possam fazer, de tudo o que não pode perder na capital portuguesa.
1. Subir ao Castelo de São Jorge e passear por Alfama
Quem passar em Lisboa e não for ao Castelo de São Jorge terá perdido com certeza um momento inesquecível. É o ponto mais alto da cidade, no meio dos bairros mais típicos. Uma oportunidade única de sentir, e perceber, a ligação da cidade com o rio Tejo.
2. Ouvir um Fado
Goste-se ou não do estilo de música, jantar à luz da vela a ouvir fado em Lisboa é incontornável. Para quem tiver a sorte de o ouvir cantar ao passar numa rua qualquer de Alfama, da Mouraria ou da Madragoa, é de aproveitar. O fado amador ou vadio é assim, quando apetece cantar, canta-se e as guitarras acompanham.
3. Ir ao Terreiro do Paço
A maior praça de Lisboa e também uma das mais emblemáticas, símbolo da cidade e da sua reconstrução após o grande terramoto de 1755. Atualmente, é principalmente um espaço muito agradável para passear à beira rio, ao fim da tarde. Também é muito bonita vista do rio, num passeio de barco.
4. Subir no Elevador Santa Justa
Enquanto se percorre a Baixa, dá nas vistas quando passamos por ele. Tem uma vista invejável sobre esta parte antiga de Lisboa, para além de ser um privilégio viajar neste elevador com mais de cem anos que foi desenhado por Ponsard, um discípulo do grande mestre das obras em ferro, Gustave Eiffel.
5. Andar de elétrico
É um meio de transporte comum para os lisboetas, mas também uma das melhores maneiras de viajar pelos bairros históricos. Fica bem em qualquer fotografia e o som do elétrico a correr nos carris é um dos mais caraterísticos da cidade. O 28 é o mais conhecido, mas há mais...
6. Visitar o Mosteiro Jerónimos e a Torre de Belém
Lisboa tem dois monumentos únicos que são Património Mundial. São duas joias do gótico manuelino que facilmente impressionam qualquer pessoa. Para além de as abóbadas trabalhadas em pedra constituírem uma obra de engenharia admirável, a riqueza dos elementos decorativos ligados a aspetos marítimos e às viagens dos navegadores é fascinante.
7. Provar um pastel de Belém
É um ex-libris da gastronomia portuguesa e tem uma receita muito bem guardada em segredo que os torna únicos. A não perder! Um doce de pastelaria que os lisboetas gostam de acompanhar com um café.
8. Visitar o Oceanário, no Parque das Nações
O Parque das Nações é um caso de sucesso na revitalização de uma zona industrial, com uma localização privilegiada à beira rio. Vale a pena visitar o Oceanário, um dos maiores da Europa, onde se pode apreciar a fauna e a flora dos diversos oceanos do nosso planeta.
9. Visitar o Museu Nacional do Azulejo e o Museu dos Coches
São dois museus que não têm igual no mundo. Um, conta a história do azulejo em Portugal, desde as primeiras utilizações na parede no séc. XVI até aos dias de hoje. Outro, tem uma coleção de coches inigualável, com bons exemplares do século XVIII exuberantemente decorados com pinturas e talha dourada.
10. Jantar no Bairro Alto
Lisboa é conhecida também por ter uma noite muito animada e movimentada. Depois de uma tarde às compras no elegante bairro do Chiado, nada como um final de tarde num dos miradouros, de Santa Catarina ou de São Pedro de Alcântara, e ficar para jantar no Bairro Alto. É imprescindível para quem gosta de sair à noite e se divertir.
Sair à noite em Lisboa
Lisboa é uma das capitais europeias que goza de um dos maiores privilégios concedidos à vida urbana: as suas ruas podem ser desfrutadas à noite, com prazer e segurança.
E para quem gosta de agitação, as noites começam cedo e acabam tarde. Onde? De preferência nos bairros históricos e a usufruir da presença constante do rio Tejo. Os finais de tarde numa esplanada, num jardim ou miradouro, são sempre muito apreciados. O Bairro Alto e o Cais do Sodré são os bairros com mais tradição mas novos espaços vão abrindo junto ao rio, dando sempre novo fôlego à noite lisboeta.
Todas as noites são animadas e ao fim-de-semana há mais afluência mas os habitués que gostam de ambientes mais descontraídos começam a sair à noite à 5ª feira.
Bairro Alto
A noite começa no Bairro Alto. Pode ser numa das animadas esplanadas do Largo do Camões e do Chiado ou a ver o pôr-do-sol com vista sobre a cidade, no Miradouro de São Pedro de Alcântara, ou com o rio ao fundo, no de Santa Catarina. Depois é seguir por uma das ruas estreitas do bairro, onde também se encontram lojas trendy abertas até tarde, e escolher um restaurante para jantar. A escolha é variada e uma casa de fados pode ser uma boa opção. Mas não fica por aqui. Com uma frequência muito heterogénea, a grande diversidade de bares e a animação de rua do Bairro Alto são um bom início para quem gosta de viver a noite.
Subindo o Bairro Alto, a norte entramos no Príncipe Real. Esta zona residencial, também conhecida pelas lojas de antiguidades e de design, tem alguns bares já com muitos anos de presença na noite lisboeta e é um ponto de encontro muito apreciado pela comunidade gay.
Cais do Sodré
Para continuar a noite e dançar, o Cais do Sodré é uma das opções mais concorridas do momento. Esta zona de bares com nomes de capitais do norte da europa e de países longínquos que há décadas divertia os marinheiros que chegavam ao porto de Lisboa é agora uma das mais descontraídas da noite lisboeta, com espaços culturais, restaurantes, bares, clubes e discotecas. A música é muito variada, ouve-se reggae, música africana, new wave, indie e rock gótico, a programação dos clubes é apelativa e o ambiente é eclético. A animação segue pela noite fora até o sol já ir alto, para os que tiverem mais energia.
Terreiro do Paço
Considerada a porta de entrada em Lisboa pelo rio, emblemática pela sua história, simbolismo e dimensão, a Praça do Comércio ou Terreiro do Paço foi até há poucos anos a sede do poder executivo, onde estavam instalados vários ministérios do governo português. Atualmente, nas históricas arcadas mantém-se um dos mais antigos cafés de Lisboa, frequentado pelo poeta Fernando Pessoa, e surgiram várias esplanadas, restaurantes com propostas inovadoras, uma discoteca techno/house minimal e um clube privado, estes nas antigas instalações do Ministério das Finanças.
Santa Apolónia / Jardim do Tabaco
Quem desce pela colina de Alfama encontra, junto ao rio, Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco. O nome sempre foi conhecido pela estação de comboios e pelo porto de embarque, onde agora aportam barcos de cruzeiro mas há poucos anos ganhou nova vida. Restaurantes de referência e uma das discotecas mais populares e concorridas da cidade ocupam agora os antigos armazéns que davam apoio ao porto.
Parque das Nações
A vasta zona ribeirinha, na parte oriental da cidade, foi completamente transformada para a acolher a Exposição Universal de 1998, dando agora lugar a um bairro de arquitetura moderna e com muitos espaços comerciais e de lazer. Com passeios junto ao rio, onde se encontram restaurantes e esplanadas para começar a noite, tem outros atrativos como o Teatro Camões, sede da Companhia Nacional de Bailado, o Pavilhão Atlântico, onde se realizam muitos dos concertos da capital, e o Casino de Lisboa, que para além das habituais salas de jogo tem espaços multiculturais com música e exposições.
Santos / 24 Julho / Docas
Antiga zona portuária de Lisboa onde antes havia armazéns antigos e fechados, Santos, a Avenida 24 de Julho e as Docas viveram anos de glória durante a década de 90, com presença habitual na animação noturna da cidade. Frequentada por um público jovem, apreciador de música pop e mainstream, mantem atualmente alguns restaurantes, bares e discotecas de referência.
Nas Docas, a frente rio de esplanadas e restaurantes com vista para a pequena marina e perto da Ponte 25 de Abril, é um espaço também frequentado à hora de almoço e durante a tarde.